segunda-feira, 6 de maio de 2013

Ciências  

Tipos de sangue 

Existem 4 tipos de sangue, o A, B, AB e O, junto deles também há o RH+ ou RH -, o grupo do A, B, AB, O é chamado de Sistema ABO:

  Grupos                      Doar               Recebe 
      A                           A, AB               A,O
      B                           B, AB               B,O
     AB                          AB                 A,B,AB,O (receptor universal)
      O                        A,B,AB,O             O (doador universal) 
  
 Sistema RH

    RH              doar            recebe 
RH+                   +             + e - 

RH-                + e -             -

A pessoa de um RH- negativo podem doar para pessoas do RH + e -, mas se receberem sangue do RH+ ela não pode doar mais sangue, porque o RH- produz anti - corpos contra o RH+, e se caso ela receber sangue de RH+ e doar depois de um tempo, a pessoa para quem ela doar vai morrer. Por isso os médicos verificam seu tipo de sangue, se ele é A, B, AB, O, A+, A-, B+, B-, etc.  Por isso antes de doar sangue, verifique seu tipo de sangue para não haver problemas no futuro.  

O sangue tipo O e conhecido como doador universal porque ele só pode receber sangue de uma pessoa do seu mesmo tipo, bem diferente do AB, o AB pode receber de todos os tipos de sangue e só pode doar para pessoas do mesmo tipo, por isso é conhecido como receptor universal. 

O sangue no coração 


Em varias vezes ao dia, o coração abre sua válvula para a passagem do sangue, o sangue que tem origem na  medula óssea vermelha, passa varias vezes pelo coração varias vezes, veja: 



                                                   
                                                           







quinta-feira, 2 de maio de 2013

A cartomante, Quase ela deu o "sim" mas..., O homem que sabia javanês.

LIMA BARRETO 

Afonso Henriques de Lima Barreto (1881 - 1922), mulato, teve uma vida difícil, que não o impediu de ser um aluno brilhante até a faculdade que teve de deixar por falta de recursos, escreveu romances e contos que revelam a ironia afiada.

A cartomante  




      Lima desmistifica o poder das cartas, mostra a verdadeira face da farsa que é praticada pela cartomante.
       Trata-se de uma narrativa curta, um conto, mas que prende a atenção do leitor pela riqueza da situação conjugal.
        Um casal pobre com suas dificuldades, o marido trabalha e ganha pouco, a mulher ajuda na despesa da casa com trabalhos domésticos, precisa sair diariamente para lavar, passar e cuidar das casas de diversas pessoas, uma espécie de diarista, embora esse termo ainda não fosse usado naquela época, era o que ela fazia.
        O dinheiro curto, mas a vontade de vencer era grande, o marido fica em dúvida se usa o dinheiro para as despesas da casa ou se arrisca pagar uma cartomante para lhe predizer a sorte. Finalmente se decide pela cartomante. Vai ao endereço que um amigo lhe dera com boas recomendações a respeito da sapiência da cartomante. Compra o ingresso. Entra na fila e fica esperando sua vez de ser atendido. Chega sua vez. Entra na sala em penumbra, senta-se diante da mulher de turbante, ansioso para que ela lhe indique o número da sorte, mas ela apenas pergunta: - O que você faz aqui? - então ele reconhece a própria esposa vestida de cartomante.

Quase ela deu o "sim" mas...


Lima Barreto

João Cazu era um moço suburbano, forte e saudável, mas pouco ativo e amigo do trabalho.
Vivia em casa dos tios, numa estação de subúrbios, onde tinha moradia, comida, roupa, calçado e algum dinheiro que a sua bondosa tia e madrinha lhe dava para os cigarros.
Ele, porém, não os comprava; "filava-os" dos outros. "Refundia" os níquéis que lhe dava a tia, para flores a dar às namoradas e comprar bilhetes de tômbolas, nos vários "mafuás", mais ou menos eclesiásticos, que há por aquelas redondezas.
O conhecimento do seu hábito de "filar" cigarros aos camaradas e amigos, estava tão espalhado que, mal um deles o via, logo tirava da algibeira um cigarro; e, antes de saudá-lo, dizia:
—Toma lá o cigarro, Cazu.
Vivia assim muito bem, sem ambições nem tenções. A maior parte do dia, especialmente a tarde, empregava ele, com outros companheiros, em dar loucos pontapés, numa bola, tendo por arena um terreno baldio das vizinhanças da residência dele ou melhor: dos seus tios e padrinhos.
Contudo, ainda não estava satisfeito. Restava-lhe a grave preocupação de encontrar quem lhe lavasse e engomasse a roupa, remendasse as calças e outras peças do vestuário, cerzisse as meias, etc., etc.

Certo dia, ele arranjou uma "namorada" que ele "namorava" para cuidar dos filhos, enquanto ela cuidava dos filhos ele ficava no maior bem bom lendo jornal enquanto "trabalhava' para sustentar a família, a mulher nem chegava a desconfiar de João Cazu mas quase todo o bairro sabia, e só não alertaram Ermelinda porque o bairro achava que haviam terminado a amizade pela folgades de João.


Um belo dia, após ano e pouco de tal namoro, houve um casamento na casa dos tios do diligente jogador de football. Ele, à vista da cerimônia e da festa, pensou: "Porque também eu não me caso? Porque eu não peço Ermelinda em casamento? Ela aceita, por certo; e eu..."
Matutou domingo, pois o casamento tinha sido no sábado; refletiu segunda e, na terça, cheio de coragem, chegou-se à Ermelinda e pediu-a em casamento.
— É grave isto, Cazu. Olhe que sou viúva e com dois filhos!
— Tratava "eles" bem; eu juro!
— Está bem. Sexta-feira, você vem cedo, para almoçar comigo e eu dou a resposta.
Assim foi feito. Cazu chegou cedo e os dous estiveram a conversar. Ela, com toda a naturalidade, e ele, cheio de ansiedade e, apreensivo.
Num dado momento, Ermelinda foi até à gaveta de um móvel e tirou de lá um papel.
— Cazu — disse ela, tendo o papel na mão — você vai à venda e à quitanda e compra o que está aqui nesta "nota". É para o almoço.
Cazu agarrou trêmulo o papelucho e pôs-se a ler o seguinte:
1 quilo de feijão. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .600 rs.
1/2 de farinha. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 200 rs.
1/2 de bacalhau. . . . . . . . . . . .. . . . . . . .1.200 rs.
1/2 de batatas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 360 rs.
Cebolas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 200 rs.
Alhos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .100 rs.
Azeite. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 300 rs.
Sal. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 100 rs.
Vinagre. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 200 rs.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.260 rs.
Quitanda:
Carvão. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ...280 rs.
Couve. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ....200 rs.
Salsa. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ...100 rs.
Cebolinha. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ......100 rs.
tudo: . . . . . . . . . . . ..............................3.860 rs.
Acabada a leitura, Cazu não se levantou logo da cadeira; e, com a lista na mão, a olhar de um lado a outro, parecia atordoado, estuporado.
— Anda Cazu, fez a viúva. Assim, demorando, o almoço fica tarde...
— É que...
— Que há?
— Não tenho dinheiro.
— Mas você não quer casar comigo? É mostrar atividade meu filho! Dê os seus passos... Vá! Um chefe de família não se atrapalha... É agir !
João Cazu, tendo a lista de gêneros na mão, ergueu-se da cadeira, saiu e não mais voltou...

O Homem que sabia javanês 


O homem que sabia javanês é um conto do escritor brasileiro de Lima Barreto que narra a história de Castelo, um malandro que, no começo do século XX, finge saber o javanês para conseguir um emprego e afinal fica famoso como um dos únicos tradutores desse idioma. O conto foi publicado pela primeira vez no jornal Gazeta da Tarde do Rio de Janeiro, em 28 de abril de 1911, e posteriormente incluído na coletânea O homem que sabia javanês e outros contos.
O Homem que sabia javanês conta a historia de um homem que estava desempregado em busca de emprego, que viu um anúncio que dizia "procura-se professor de javanês" e ele não sabia falar javanês, mas procurou e estudou a linguá que um amigo de trabalho o alertava que era muito complicado e que só haviam 2 falantes no mundo, mas isso não o intimidou, e ele seguiu estudando para ter o titulo de professor de javanês.








quarta-feira, 1 de maio de 2013

ADJUNTO ADNOMINAL E ADJUNTO ADVERBIAL 

O adjunto adnominal numa oração a palavra que acompanha um substantivo, qualquer que seja sua função sintática, é classificada como adjunto adnominal.

O adj. adnominal pode ser um artigo, adjetivo, numeral, locução adjetiva, pronome demonstrativo ou pronome indefinido. 

Adjunto adverbial refere-se sempre a um verbo e o adjunto adnominal refere-se sempre a um substantivo.

EX:

Esta menina vestiu uma blusa vermelha 

Esta(pronome demonstrativo
uma blusa vermelha(artigo indefinido)

Aquelas meninas estão comendo um sanduíche de queijo 

Aquelas(pron.demonstrativo)
um(numeral)
queijo(adj.adverbial)
POLITIPO 

Suicido use anti ontem meu infeliz amigo Boaventura da Costa, pobre coitado, atirou-se ao mar para acabar seu sofrimento, o problema era que ele se parecia com todo mundo, de cima para baixo era lindo, e de baixo para cima era simples mente horrível, certo dia estávamos em um clube familiar e já estávamos de saída, ele discutia com o porteiro para pegar seu chapéu que havia deixado com o porteiro, porem, o porteiro não o reconhecia, por isso a complicação, quando chegou uma mulher e deu-lhe um beliscão, a mulher disse que havia escutado o que ele disse para as viúvas no velório, sendo que ele nunca foi a velório de ninguém, dois dias depois disso, policiais invadiram seu apartamento é disseram que ele era uma criança, eles invadiram seu apartamento porque confundirão ele com um criminoso procurado, após este acontecimento ele atirou-se ao mar, no velório estava lotado, havia pessoas que diziam que ele era o padeiro, vendedor de jornais, o padre, o tio, o avó, o policial, um sobrinho entre outros, mas só eu reconheci mau pobre amigo Boaventura da costa.

MACHADO DE ASSIS

Joaquim Maria Machado De Assis e considerado(1839-1909) era pobre, filho de uma lavadeira e de um pintor de paredes, nasceu na época que os negros ainda eram escravos no Brasil, sendo pobre, frequentou a escola por pouco tempo, no entanto é considerado o maior estudioso da literatura brasileira.

QUEM CONTA UM CONTO...


Eu compreendo que um homem goste de ver brigar galos ou de tomar rapé. O rapé dizem os tomistas[1] que alivia o cérebro. A briga de galos é o Jockey Clube dos pobres. O que eu não compreendo é o gosto de dar notícias.
E todavia quantas pessoas não conhecerá o leitor com essa singular vocação? O noveleiro[2] não é tipo muito vulgar, mas também não é muito raro. Há família numerosa deles. São mais peritos e originais que outros. Não é noveleiro quem quer. É ofício que exige certas qualidades de bom cunho, quero dizer as mesmas que se exigem do homem de Estado. O noveleiro deve saber quando lhe convém dar uma notícia abruptamente, ou quando o efeito lhe pede certos preparativos: deve esperar a ocasião e adaptar-lhe os meios.
Não compreendo, como disse, o ofício de noveleiro. É coisa muito natural que um homem diga o que sabe a respeito de algum objeto; mas que tire satisfação disso, lá me custa a entender. Mais de uma vez tenho querido fazer indagações a este respeito; mas a certeza de que nenhum noveleiro confessa que o é, tem impedido a realização deste meu desejo. Não é só desejo, é também necessidade; ganha-se sempre em conhecer os caprichos do espírito humano.
O caso de que vou falar aos leitores tem por origem um noveleiro. Lê-se depressa, porque não é grande.

CAPÍTULO 2

Há coisa de sete anos, vivia nesta boa cidade um homem de seus trinta anos, bem apessoado e bem falante, amigo de conversar, extremamente polido, mas extremamente amigo de espalhar novas.
Era um modelo do gênero.
Sabia como ninguém escolher o auditório, a ocasião e a maneira de dar a notícia. Não sacava a notícia da algibeira como quem tira uma moeda de vintém para dar a um mendigo. Não, senhor.
Atendia mais que tudo às circunstâncias. Por exemplo: ouvira dizer, ou sabia positivamente que o Ministério[1] pedira demissão ou ia pedi-la. Qualquer noveleiro diria simples mente a coisa sem rodeios. Luís da Costa, ou dizia a coisa simples mente, ou adicionava-lhe certo molho para torná-la mais picante.

CAPÍTULO 3




Não se pode negar que este prazer era inocente e, quando muito, singular.
Infelizmente, não há bonito sem senão, nem prazer sem amargura. Que mel não deixa um travo de veneno? Perguntava o poeta de Jovem Cativa, e eu creio que nenhum, nem sequer o de alvissare iro.
Luís da Costa experimentou, um dia, as asperezas de seu ofício.
Eram duas horas da tarde. Havia pouca gente na loja de Paula Brito, cinco pessoas apenas. Luís da Costa entrou com o rosto fechado como homem que vem pejado de alguma notícia. Apertou a mão a quatro das pessoas presentes; a quinta apenas recebeu um cumprimento, porque não se conheciam. Houve um rápido instante de silêncio que Luís da Costa aproveitou para tirar o lenço da algibeira e enxugar o rosto. Depois, olhou para todos, e soltou secamente estas palavras:
—Então, fugiu a sobrinha do Gouveia? disse ele, rindo.
—Que Gouveia? disse um dos presentes.
—O major Gouveia, explicou Luís da Costa.
Os circunstantes ficaram muito calados e olharam de esguelha para o quinto personagem, que por sua parte olhava para Luís da Costa.
—O major Gouveia da Cidade Nova? perguntou o desconhecido ao noveleiro.

BRINCAR COM FOGO

Lúcia e Maria, chamavam-se as duas moças. A a segunda era conhecida pelo apelido de mariquinhas, que neste caso estava perfeitamente a estatura da pessoa, maria era pequenina, gordinha, e bonitinha, tinha a cor morena e olhos negros, mãos e pés quase invisíveis, já Lúcia era de estatura media, com os olhos olhos da mesma cor dos cabelos, castanhos, pés e mãos médios. Maria logo fazia 18 anos, enquanto Lúcia já estava no auge de seus 18 anos. 
Ambas eram muito amigas, certo dia elas estavam conversando num banco da faculdade, quando passou um garoto e as duas começaram a conversar para ver com quem ficaria com o garoto e a conversa virou uma discussão, indo para o apartamento na rua passou outro garoto, e a discussão iniciou-se novamente, a amizade das duas estava prejudicada.
Certo dia ambas estavam estudando para um prova quando viram um homem chamado joão dos passos, ele deu seus comprimentos para ambas as garotas, e dai em diante a amizade virou um namoro, um triangulo-amoroso deste caso, porem as garotas não estavam apaixonadas pelo homem, elas na realidade só queriam se aproveitar do rapaz, certo dia um dos amigos alertou o rapaz, mas infelizmente o rapaz não acreditou, já que ele era o mais popular da faculdade ele achava que era impossível alguém não se apaixonar por ele, mas certo dia ele escutou as garotas conversando, elas falavam o que iriam pedir ao rapaz de dia dos namorados e quando iriam terminar com a armação e com o namoro falso, o rapaz ficou furioso e alertou todos os outros garotos da faculdade antes de falar com elas, quando ele falou com elas, elas disseram que não ligavam para o fim do namoro já que podiam namorar outros garotos da escola, foi ai que ele disse que ele já havia dito para todos os garotos que as duas só queriam ter dinheiro e fingir namoros para ganhar presentes, as duas nunca mais disseram uma palavra si quer apos esta acontecimento.