O fenótipo são as características observáveis ou caracteres de um organismo ou população como, por exemplo: morfologia, desenvolvimento, propriedades bioquímicas ou fisiológicas e comportamento.
O fenótipo resulta da expressão dos genes do organismo, da influência de fatores ambientais e da possível interação entre os dois. O genótiposão as informações hereditárias de um organismo contidas em seu genoma. Nem todos os organismos com um mesmo genótipo parecem ou agem da mesma forma, porque a aparência e o comportamento, assim como os demais componentes do fenótipo, são modificados por condições ambientais e de desenvolvimento. Do mesmo modo, nem todos os organismos cujas aparências se assemelham possuem necessariamente o mesmo genótipo. Essa distinção entre genótipo e fenótipo foi originalmente proposta por Wilhelm Johannsen em 1911 para diferenciar claramente a hereditariedade de um organismo do resultado que ela produz.1 2 Essa distinção é semelhante à proposta por August Weismann, que diferenciou germoplasma (hereditariedade) e células somáticas (o corpo).3 Uma versão mais moderna dessa diferenciação é o Dogma Central da Biologia Molecular4 proposto por Francis Crick.
O conceito de fenótipo foi tornado mais vasto por Richard Dawkins, ao incluir efeitos sobre outros organismos ou sobre o meio em The Extended Phenotype5
A interação entre genótipo e fenótipo pode ser resumida da seguinte forma:
- genótipo + ambiente → fenótipo
Um versão um pouco mais detalhada seria:
- genótipo + ambiente + variação ao acaso → fenótipo
Todavia, por os fenótipos serem muito mais fáceis de observar do que os genótipos (não é preciso química nem sequenciação para determinar a cor dos olhos de uma pessoa), a genética clássica usa fenótipos para deduzir as funções dos genes. Depois, testes de reprodução podem confirmar estas interacções. Desta forma, os primeiros geneticistas conseguiram traçar padrões de hereditariedade sem qualquer tipo de conhecimento de biologia molecular.
Apesar de sua definição aparentemente simples, o conceito de fenótipo apresenta algumas sutilezas: Primeiro, a maior parte das moléculas codificadas no material genético, que consequentemente são parte do fenótipo, não são visíveis na aparência do organismo, ainda que sejam observáveis (por exemplo por técnicas de Western blotting). Um bom exemplo é o tipo sanguíneo em humanos.
Segundo, o fenótipo não é meramente um produto do genótipo, mas é influenciado em graus variáveis pelo ambiente (ver também plasticidade fenotípica).
Além disso, vale lembrar que a hereditariedade não está restrita ao DNA nuclear, já que a mitocôndria também apresenta o seu próprio DNA. Ao expandir o conceito de genótipo incluindo outros elementos hereditários, ampliamos também o conceito de fenótipo.
GENÓTIPO
Genótipo (do grego genos, originar) é a constituição genética de uma célula, organismo ou indivíduo. Deve-se à presença de material hereditário herdado dos progenitores. Esse material consiste no conjunto dos cromossomos que se situam no núcleo das células. Os cromossomos são interpretados como uma sequência de genes. São os genes os portadores das informações que condicionam o fenótipo. O genótipo é a composição genética elementar de um organismo, são às características internas de um indivíduo, características passadas dos pais para os filhos. Sendo assim, podemos dizer que o genótipo, que é o conjunto dos genes, condiciona os fenótipos totais, que é o conjunto das variáveis condicionadas pelos genes. O genótipo são as informações hereditárias de um organismo contidas em seu genoma. Cada gene pode ter formas alternativas, denominadas alelos.