Dissertação é uma modalidade de redação ou tipo de composição, escrita em prosa sobre um tema que se devem apresentar e discutir argumentos, provas, exemplos etc. Nos meios universitários equivale a tese diferenciando-se pelo volume de material, a dissertação seria o material que envolvesse poucas páginas até o limite de cem, enquanto a tese rotularia os textos que ultrapassassem esse número; e pelo aspecto qualitativo, a dissertação pressupões a capacidade de aplicação de um método de análise e interpretação, enquanto a tese implica a originalidade do tema ou da abordagem à luz do qual é exposta e discutida.
DISSERTAÇÃO ARGUMENTATIVA
É modalidade de texto que tenta convencer o leitor sobre algo com base em raciocínio e evidências de provas. A dissertação argumentativa não dá espaço para o leitor ter suas próprias conclusões uma vez que a conclusão já se encontra no texto, de modo que a única possibilidade de interpretação é a aceitação da conclusão proposta por parte do leitor. Este tipo de redação é a base que mantém o discurso forense por sua natureza persuasiva.
Quanto ao ponto de vista do autor presente na dissertação argumentativa, temos ainda os seguintes tipos de dissertação:
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- Dissertação subjetiva
Quando o autor se envolve no texto ao expressar suas ideias, claramente ao usar verbos na primeira pessoa.
DISSERTAÇÃO OBJETIVA
Quando o autor usa verbos na terceira pessoa defendendo conceitos conhecidos ou universais, já expressos anteriormente por outros, é o tipo de dissertação comumente pedido em provas de concursos.
CRÍTICAS
Em seu conceito de Educação bancária, Paulo Freire afirmou que a narração e a dissertação são suas características marcantes:
A narração ou a dissertação que implica num sujeito - o narrador - e em objetos pacientes, ouvintes - os educandos. Mantendo a contradição entre educador e educando, a narração não promove a educação: "narração de conteúdos que, por isto mesmo, tendem a petrificar-se ou a fazer-se algo quase morto.(...) Essa educação apresenta retalhos da realidade de forma estática, sem levar em conta a experiência do educando."
O professor brasileiro e doutor em Educação Lucídio Bianchetti criticou a forma como a produção de dissertações é ensinada nas escolas que seguem um modelo de preenchimento artificial da estrutura "introdução-desenvolvimento-conclusão", essa prática resulta em conclusões forçosamente otimistas.
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