terça-feira, 30 de abril de 2013

Olá pessoal, bom, eu pretendo fazer um resumo de um livro com 9 capítulo, o nome dele é "Quem conta um conto ... e outros contos"
bom, pretendo fazer um resumo de 3 contos por dia, para acabar na quinta-feira, bom, então vamos começar...

Arthur Azevedo 

Arthur Azevedo (1855-1908) irmão do também escritor Aluísio Azevedo, é considerado o grande autor de comédias para o teatro do século passado, também autor de 2 dos seguintes contos...

Plebiscito

A cena passa-se em 1890, a família acaba de jantar, o senhor Rodrigues palita os dentes em uma cadeira de balanço, enquanto dona Bernardina esta ocupada limpando a gaiola de seu canário belga.
Com eles a duas crianças, um menino e uma menina, quando o garoto se volta para o pai e pergunta para ele o que é plebiscito, o pai afirma para dona Bernardina que o garoto não sabe o que é plebiscito, e a dona diz para que ele o diga o que é plebiscito, o marido se zanga e os dois começam a discutir até que o SR. RODRIGUES vai para o quarto onde tinha tudo que ele precisava na quela hora, gotas de água de flor de laranja e um dicionário...
logo dona bernardina toca em sua porta e afirma que se desculpa dez que ele diga o que é plebiscito, ele abre a porta e diz: 
- Plebiscito é uma lei decretada pelo povo romano, estabelecido em comícios.
todos suspiram aliviados.

Um capricho 

Era uma vez uma filha de uma fazendeiro que era muito tola, mal-educada, e sobre tudo, muito caprichosa, chamava-se Zulmira. 
certo dia, um trabalhador da região que se chamava Epidauro Pamplona se apaixonou por ela, ele queria se casar com ela, ela só autorizaria com 1 condição, ela teria de ver o nome dele no jornal, ele aceitou, mas, não era tão fácil assim como ele pensava, foi no ME news, JC news entre outras empresas de jornal, ele achou uma que seria possível, se ele tivesse 150 euros, ele infelizmente pegou uma doença grave e alguns dias depois, Zulmira levava o jornal a seu pai e estava lá Epidauro Pamplona, 23 anos, solteiro, mineiro, morto de febre perniciosa, e o fazendeiro que é estupido por exelencia disse:
- coitado, foi a unica vez que viu publicado seu nome. 

Aluísio Azevedo 

Famoso por escrever historias que denunciavam problemas da sociedade brasileira como o racismo e a exploração da miséria.(1857-1913) irmão de Arthur Azevedo e autor do romance O Cortiço.

O Macaco Azul 


Ontem, mexendo nos meus papéis velhos, encontrei a seguinte carta:
Caro Senhor.
Escrevo estas palavras possuído do maior desespero. Cada vez menos esperança tenho de alcançar o meu sonho dourado. - O seu macaco azul não me sai um instante do pensamento! É horrível! Nem um verso!
Do amigo infeliz
PAULINO
Não parece um disparate este bilhete?
Pois não é. Ouçam o caso e verão!
Uma noite - isto vai há um bom par de anos - conversava eu com o Artur Barreiros no largo da Mãe do Bispo, a respeito dos últimos versos então publicados pelo conselheiro Otaviano Rosa, quando um sujeito de fraque cor de café com leite, veio a pouco e pouco, aproximando-se de nós e deixou-se ficar a pequena distância, com a mão no queixo, ouvindo atentamente o que conversávamos.
- O Otaviano, sentenciou o Barreiros, o Otaviano faz magníficos versos, lá isso ninguém lhe pode negar! mas, tem paciência! o Otaviano não é poeta!
Eu sustentava precisamente o contrário afiançando que o aplaudido Otaviano fazia maus versos, tendo aliás uma verdadeira alma de poeta, e poeta inspirado.
O Barreiros replicou, acumulando em abono da sua opinião uma infinidade de argumentos de que já me não lembro.
Eu trepliquei firme, citando os alexandrinos errados do conselheiro.
O Barreiros não se deu por vencido e exigiu que eu lhe apontasse alguém no Brasi4 que soubesse arquitetar alexandrinos melhor que S. Ex.ª.
Eu respondi com esta frase esmagadora:
- Quem? Tu!
E acrescentei, dando um piparote na aba do chapéu e segurando o meu contendor, com ambas as mãos pela gola do fraque:
- Queres que te fale com franqueza?... Isto de fazer versos inspirados e bem feitos; ou, por outra: isto de ser ou não ser poeta, depende única e exclusivamente de uma cousa muito simples...
- O que é?
É ter o segredo da poesia! Se o sujeito está senhor do segredo da poesia, faz, brincando, a quantidade de versos que entender, e todos bons, corretos, fáceis, harmoniosos; e, se o sujeito não tem o segredo, escusa de quebrar a cabeça pode ir cuidar de outro ofício, porque com as musas não arranjará nada que preste! Não és do meu parecer?
- Sim, nesse ponto estamos de pleno acordo, conveio o Barreiros. Tudo está em possuir o segredo!...
E, tomando uma expressão de orgulho concentrado, rematou, abaixando a cabeça e olhando-me por cima das lunetas: - Segredo que qualquer um de nós dois conhece melhor que as palmas da própria mão!...
- Segredo que eu me prezo de possuir, como até hoje ninguém o conseguiu, declarei convicto.


No dia seguinte já lá estava o demônio do homem defronte da minha casa e não me largava a porta.
Para o restaurante, para o trabalho, para o teatro, para toda a parte, acompanhava-me aquele implacável fraque cor de café com leite, a pedir-me o segredo por todos os modos, de viva voz, por escrito e até por mímica, de longe.

No dia seguinte, o pobre homem entrou-me pela casa como um raio. Vinha furioso.
- Agora, gritou ele, é que o diabo do bicho não me larga mesmo! É pegar eu na pena, e aí está o maldito a dar-me voltas no miolo!
- Tenha paciência! Espere alerta a ocasião em que ele não lhe venha à idéia e aproveite-a logo para escrever seus versos.
- Ora! Antes o senhor nunca me falasse no tal bicho! Assim, nem só continuo a não fazer versos, como ainda quebro a cabeça de ver se consigo não pensar no demônio do macaco!
* * *
E foi nestas circunstâncias que Paulino me escreveu aquela carta.




Bom, amanhã teremos; Polítipo, quem conta um conto e Brincar com fogo.



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